Senhoras e Senhores

Cabeça nas nuvens... ou será o céu que desaba sobre nossas cabeças?


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O que eu guardei

O teu nome eu guardei na minha estante de livros.
Escondi em tudo que escrevi.
Apaguei da minha memória
mas guardei no coração.

Pois não é a verdade
Talvez fosse melhor viver aquela história

e o certo da conclusão... ou não.

O teu sorriso eu guardei na prateleira,
perto daquela poesia que tu gostava,
dentro de uma caneca de café vazia,
cheia daquelas boas recordações.

E se fosse mais tarde
o céu seria maior ou fosse só mais uma tarde
em que o brilho é sempre melhor... ou não.

As tuas palavras eu guardei na cabeceira
que é pra lembrar sempre antes de me deitar
que o amor é bom e que cabe no peito
sempre que a sorte nos desejar

ou então é só uma vontade que diz um alô, 
uma saudade de ter vivido uma verdade
E ver que está bem melhor... ou sim.



Um comentário:

  1. Comentar uma poesia é tentar descrever um pouco do sentimento que me desperta, que é pessoal e intransferível, e as palavras sempre carecem de significado quando se quer definir o que se sente. Então sou eu, não comentando, e sim palavreando. Esse poema passa a sensação de saudade do que não se viveu, uma história de amor que existiu e cresceu em sonhos e pensamentos, nunca realizada, nunca experiência vivida com toda impulsão até as últimas consequências. É o drama de um romance urbano, que se perdeu no tempo, e o momento de se entregar e arriscar simplesmente passou. Uma tragédia não esquecida, que o amor e a angústia de não saber o desfecho, ou de desfecho menos em aberto, se faz lamentar e reviver o pouco que se deu e recebeu.

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