Senhoras e Senhores

Cabeça nas nuvens... ou será o céu que desaba sobre nossas cabeças?


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Cinema

“Tudo sairia tão perfeito se fosse ao deleito da arte magistral do cinema
Se fosse pelas lentes transcendentes de uma câmera de vídeo
Se seguissem as rotas das mais belas histórias
Se terminassem com um final feliz e beijos .
Tudo seria tão perfeito se não fosse tão real
A realidade mata a fantasia...
O paradoxo da essência tênue entre a loucura e a imaginação!
Um mito da existência de um final feliz pra sempre
A fuga da realidade torna a vida tão mais fácil
Que prefiro ser assim, personagem, mesmo que coadjuvante
Da minha própria história. ”

Pois é, agora você se cala
Por um momento, vira cinema mudo
Isso, parabéns!
Não!
Não faça isso!
Pare aí mesmo!
Estagnado na ninhada!
Não vê como é belo, complexo paralelo
Entre o vanguardismo de existir e pensar?
Ser diretor da própria vida?
Não, isso você não pode!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Autor

A loucura hipotética e as idéias confusas do autor
Preenchem o papel em branco e se auto proclamam
Poesia.
As palavras sem se quer um ponto de coerência
Vêem-se num devaneio numa ventania.
O sentimento exposto em metáforas
Sem sentido, carregado de esperança,
Confundem a cabeça ou enchem de alegria.
A falta sublime de explicações implica
Com a preocupação da própria vontade
Lhe acrescentando em rima.
Arranca essa mascara autor,
Não vê que na verdade é um
Insulto a sua personalidade
Viver a dor de outro alguém?
Mesmo assim de bem, você
Dana a escrever, imagina e sente
A dor sofrida, sorrir sem ter motivo
Segue a vida bordando em tinta
E se inspira no saber viver,
Na discrepância da infância
No triste fim de uma historia de amor,
No inicio da vida, no fim do espetáculo,
Nas cortinas se fechando, no despertar dos olhos,
Pela beleza feminina e a espera na janela
Por tudo isso, é triste ser poeta.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Vida Bossa Nova

A inspiração foi embora
Já não tem mais pau, nem pedra,
Só resta o fim do caminho
A garota de Ipanema não passa mais
Sendo eu um desafinado também tenho coração

A respeito da construção de Chico
Sou mero construtor de obras
Coadjuvante de um cotidiano
À procura de um Zeppelin

E sem esquecer de citar Noel Rosa
Sigo pela primeira vez na vida
Com a filosofia de quem rir melhor
Sendo eu um pierrô apaixonado
Entrego esta rosa à colombina
Sem esquecer que as rosas não falam.

Tiro a minha cartola para você meu caro amigo
Que lá de longe, depois de tanto mar, tanto mar
Enxerga a veracidade dos fatos dessa terra
E caminhando e cantando segue a canção.

E ainda que eu seja metamorfose ambulante
Vou embora curtir meu samba a dois,
Pois sei que ainda somos os mesmos
E iremos de viver como nossos pais.
Mas afinal, chega de saudade.